Plano Safra: recursos para energia fotovoltaica serão importantes para impulsionar setor, avalia diretor do Grupo Bedinsat

"O anúncio de recursos com juros acessíveis para o financiamento de sistemas fotovoltaicos será importante para impulsionar os negócios no setor, que tem nas propriedades rurais a terceira maior classe de consumo na geração própria de energia solar", avalia o empresário Márcio Luiz Bedin, do Grupo Bedinsat. Um dos principais players do mercado com a marca própria Bedinsolar de placas solares, inversores e equipamentos, a empresa tem também a produção própria de estruturas de fixação.

O Plano Safra 2024/2025, lançado quarta-feira (03), pelo Governo Federal, contempla a liberação de recursos que serão importantes para impulsionar o mercado de energia solar na agricultura familiar. O Pronaf Bioeconomia destinará recursos para aquisição de sistemas fotovoltaicos e outras tecnologias sustentáveis, com taxas de investimento reduzidas de 4% para 3% ao ano em relação ao Plano Safra 2023/24.

Por sua vez, o Renovagro – programa que tem como objetivo conceder crédito para investimentos que promovam a redução das emissões de gases tóxicos no campo, contemplará recursos para usinas fotovoltaicas. Com taxas anuais de 7%, será possível financiar sistemas para geração de energia renovável e outras práticas sustentáveis, como a recuperação de áreas e pastagens degradadas, entre outras.

No Paraná, o Plano Safra 2020/2025 será lançado oficialmente na próxima terça-feira (9), em evento às 8h30 no Sindicato Rural de Umuarama.

Recorde

O Plano Safra 2024/2025 terá um recorde de recursos: R$ 476 bilhões em linhas de crédito para o fomento da agricultura e da pecuária nacional, ante um valor de R$ 435,8 bilhões da safra anterior.

O maior volume de recursos será destinado à agricultura empresarial. Serão R$ 400 milhões, cerca de 10% a mais do que no Plano Safra 2023/24. Para a agricultura familiar serão destinados cerca de R$ 76 bilhões, o que representa 6,15% a mais em relação aos R$ 71,6 bilhões do ano passado.

Expansão dos negócios

De acordo com Márcio Bedin, o ano de 2023 foi o de maior avanço no setor de energia fotovoltaica, enquanto 2024 tem sido também um bom ano para o Grupo Bedinsat. Mesmo com a retração da economia e a elevação significativa do dólar, a empresa segue expandindo as suas atividades.



Além de seguir com a construção de uma nova megaestrutura industrial em Toledo, a empresa abrirá no dia 20 de julho o Centro de Distribuição Bedinsolar em Santiago-RS. “Neste momento de reconstrução do valoroso estado gaúcho, o Grupo Bedinsat reafirma a sua convicção pela escolha do Rio Grande do Sul para a abertura da primeira unidade dos CDs regionais previstos em nosso planejamento. Dessa forma, contribuímos com a geração de emprego e renda, como também reforçamos as nossas convicções no futuro da energia solar como fonte inesgotável de energia limpa”, afirma Márcio Bedin.

30 gigawatts

O Brasil tem cerca de 4,2 GW (gigawatts) de potência instalada em instalações na área rural, com mais de 228 mil conexões. Os sistemas instalados em residências lideram o ranking com 14,1 GW, enquanto os empreendimentos comerciais somam 8,4 GW.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 30 GW de capacidade operacional no segmento de micro e minigeração distribuída, segundo dados daAgência Nacional de Energia Elétrica, com mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em residências, estabelecimentos comerciais, industriais e rurais, além de edificações ou atividades relacionadas ao Poder Público.